Secou!


Digo a ti que o amor secou.
A parte que um dia amou, clama pela tua dor.
O deslizar das mãos de nada servem se não para marcar em tua face o ódio que de ti sinto.
Dentro de mim existem tantas partes a se comunicarem que chegam a me confundir.
Dentre as poucas que te defendem somente as vejo argumentar por pena.
Ver-te é algo indescritível, subjetivo ao extremo para ser representado. É como um inferno de culpas e fracassos, com vozes gritando e aos prantos se contradizendo.
Ver-te é um turbilhão de emoções que se mesclam e se agridem, provocando desejos de prazer e de destruição.
E quanto mais se aproxima o momento de me separar de ti, maior é o impulso que me faz te maltratar.
Controlar-me é um flagelo de infinita dor.
Calar-me é fogo que me desce pela garganta.
Olhar-te é acorrentar minhas mãos para que não avancem em teu pescoço.
Sinto de ti um “talvez” tão prescindível, um “pode ser” tão sem fome, um “vamos ver o que acontece” tão sem motivo.
Que vida chata é essa tua. Quão rasa e medíocre são tuas emoções.
Deixe-me! Desista e suma de uma vez!
Eu sou um louco inconseqüente que vomita pensamentos sem cautela.
E louco sou sempre que me submeto a ti e as tuas tentativas pequenas (e apenas assim).
Eu sou.

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