DOIS

Par são dois
Dois hemisférios.
Dois não meus
Ausentes, zero!

Dilibido duoengano
Amoricos sofregeanos...

Sinistr’alvo ardia em chamas
Destr’ocre em epifanias

Por dois glóbulos mirava.
Três, com si, Paris julguva.

Mãos pra trás
Seus dois retinha

Ao sagrar
Não mais se via

Foi assim, sofrido dia,
Sinistr’alvo então partia

De rompante passa-à-fora,
Foi na mais senil das horas.

Destr’ocre permanecia
Eu em sua mão, ele na minha.

Mas passado pouco tempo
Fez-se o amor um sofrimento

Quando Destr’ocre notara
Que em sua mão que sobrara

(E que, então, parecia vazia)
Outro alguém ali trazia

Vi findar-se a epifania
E esvair minha alegria

Eu que só, agora, vivo
Relembrando o ocorrido

Peço que o tempo não sobre
Escrevendo rima pobre.

Par são dois
Dois hemisférios.
Dois não meus
Ausentes, zero!

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1 comentários:

Marcel disse...

Foi vc que escreveu isso, César?
Nossa, mto legal mew...
Se num for, me passa o nome de quem foi!
Abraço

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