PARCIMÓNIA AQUARIANA


PARCIMÓNIA AQUARIANA
(Caesar Pierini)


Para que temer meu lado bicho,
Se é dele que brota o desejo?
Vive recusando minha fera,
Sabendo ser isso que te instiga.
Teima em fugir da minha fúria,
Sendo que, dela, lambuzou-se tantas vezes.
Por que se esconde dos meus olhos?
Eles que te enxergam, te conhecem e aceitam!
Insiste em ocultar-se,
Mas não suporta a distância.
Escraviza o tempo ao sufocar o intento,
Quer e não; some e aparece.
Ladra e treme; cheira e corre...
Diz que parte, sem dar as costas.
Manda-me embora
Estendendo-me as mãos.
Busca não desejar,
E beija.
Quer não mirar,
Mas vigia por olhos interpostos.
Planeia não me amar,
Sem saber como.
Foge sem ter para onde ir.

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